Esclerose Múltipla

 

Hoje em dia já muitas pessoas ouviram falar de Esclerose, mas há 2 que se diferenciam mais: a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) e a Esclerose Múltipla (EM). Esta última é o tema desta publicação.

A EM faz parte das mais variadas Doenças Autoimunes, tal como a ELA, mas também a Artrite Reumatóide, a Psoríase, Lúpus, entre outras. Além de ser uma doença autoimune, é uma doença degenerativa e inflamatória do sistema nervoso.

De forma simples, uma doença autoimune acontece quando o próprio organismo se agride a ele próprio, provocando lesões nos mais variados tecidos (articulações na Artrite Reumatóide, a pele na Psoríase). No caso da EM, o sistema imunitário da pessoa agride a bainha de mielina, uma camada lipídica que reveste o axónio (o “braço” mais comprido do neurónio), e permite que a informação passe pelo neurónio de forma mais rápida e eficaz.

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Esta destruição da bainha de mielina pode dar-se em vários locais, desde o cérebro, ao nervo óptico, na espinal medula, e conforme a localização, irá produzir os mais variados sintomas. Daí que seja uma doença de difícil diagnóstico, e frequentemente o paciente anda a “saltar” de especialidade em especialidade até chegar à neurologia, e só pela soma dos mais variados exames (ressonância magnética, potenciais evocados, punção lombar) é que se consegue chegar a uma conclusão.

A sua origem ainda é desconhecida, mas a sua predominância é maior quanto mais afastados da linha do equador estamos, ou seja, quanto menos luz do sol há. Daí que uma das suspeitas seja a carência da vitamina D, mas ainda não foi confirmada esta hipótese.

Dentro da EM há vários tipos, sendo a mais frequente a surto-remissão, ou seja, há uma crise chamada de surto em que há um ataque do sistema imunitário à bainha de mielina, causando vários sintomas, podendo ir desde fadiga extrema, falta de força, ataxia (falta de coordenação), alterações na visão e/ou audição, dormências no corpo, etc. Quando o paciente tem um surto, há que fazer um tratamento durante 3 ou 5 dias seguidos com um corticoide intravenoso (diretamente na corrente sanguínea, diluído em soro). Após o surto, pode haver a regressão completa de sintomas, ou pode ficar alguma sequela. Após algum tempo que pode variar de dias a anos, pode acontecer um novo surto.

Na medicina convencional o único tratamento que existe é a imunomodelação com injeções ou medicação oral, de forma a manter o sistema imunitário pouco ativo, e assim tentar espaçar o tempo entre surtos. Sabe-se hoje em dia que a eficácia deste tipo de medicação é pouca, e grande parte dos pacientes sofre bastante com os efeitos secundários, sendo o mais frequente a síndrome gripal (febre e dores no corpo).

Contudo, na perspetiva mais natural, há tratamentos que cada vez mais vêm tendo resultados extremamente positivos. Há vários médicos e terapeutas a enveredar por uma resposta alternativa para os seus pacientes, ou até mesmo de forma complementar com a medicação química.

Numa doença autoimune um dos primeiros órgãos a tratar é o intestino, um dos órgãos mais importante no nosso organismo, mas infelizmente um do menos valorizado pela comunidade médica. O intestino será alvo de uma publicação, para se explorar o seu valor.

A vitamina D em altas doses tem sido igualmente utilizada com muito sucesso, mas com alguma precaução para evitar danos no organismo, como por exemplo nos rins. Além da vitamina D, outra suplementação é utilizada nos pacientes com EM.

Há várias vertentes que, a partir do momento do diagnóstico de EM, têm de ser tomadas em conta. Além de uma boa suplementação adequada a cada paciente, há hábitos de vida que têm de ser modificados. A alimentação é dos de maior importância, principalmente pela escolha de alimentos frescos e da época do ano em que nos encontramos. O exercício físico torna-se obrigatório, nem que sejam caminhadas, e sempre adequado às limitações e capacidades de cada um.

Sendo uma doença degenerativa, temos de perceber o porquê do seu aparecimento, qual a razão que o nosso corpo se quer autodestruir, e principalmente aceitá-la e saber gerir o dia-a-dia, mas acreditar que se consegue dar a volta e que amanhã vai ser um dia ainda mais maravilho que o de hoje!

Tenho vindo a desenvolver meios alternativos e complementares com vários pacientes, tendo resultados extremamente positivos em Esclerose Múltipla, mas também na mais variada panóplia de doenças agudas e crónicas (gastrites, artroses, ciatalgias, osteoporose, depressões, fibromialgia, etc.).

 

Sejam saudáveis e realizados!

Filipe Rocha

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